Lúcilia caminhava, decidida, nada iria atrapalhar a sua carreira de modelo. - Lutei muito para chegar até aqui, não vai ser um bastardo que atrapalhará o meu caminho - falou para o ser que carregava no seu ventre.
Não iria demorar para chegar ao lugar desejado. Segundo as suas contas, estaria na clínica em dez minutos, no máximo.
Lucílía era de origem pobre. Os seus pais moravam no interior do Ceará, em uma cidadezinha que ele fazia questão de esquecer o nome.Vivera naquele lugar durante toda a sua infância. Sua tia, ao fazer uma vista fora de hora para os seus pais, a convidou para morar no Rio de Janeiro.
Marina, a tia materna da Lucília, convenceu a sua irmã a deixar a filha correr atrás dos sonhos dela. Que futuro você espera para a sua filha aqui? Catar quiabo todos o dias? Francamente! Não atrapalhe a vida de sua filha, irmã! Tereza, a mãe de Lucília, em meio muito a choro e lágrimas, deixou que a filha partisse.
Passaram-se dez minutos, ela já havia chegado na clínica. Estava sentido um desconforto, mas isso não faria com que sua decisão fosse adiada.
O homem de branco a chamou, pediu para que ela entrasse em uma sala pequena, esta cheirava a casa suja em dias de inverno. A maca estava está suja de sangue, provavelmente da ''menina'' que ela a viu saindo, aos prantos.
Mas Lucília era forte, o seu objetivo justificava a sua atitude. Com um aperto no coração, deixou que aquele homem efetivasse a sua decisão.
- Está sentindo alguma coisa? - perguntou o homem de branco
- Sinto uma vontade de vomit...- falou Lucília, mirando na seringa vazia que jazia na mão esquerda do homem.
Já era tarde, ela não deveria está ali. Levantou-se bruscamente. Reparou que a maca estava bem mais suja agora.
O homem veio até ela e disse que tudo estava perfeitamente bem.
Ela sorriu, um pouco constrangida.
Agora a única coisa que importava era sua carrreira.
Algum tempo se passou, e Lúcilia tinha conseguido se tornar uma modelo de sucesso, casou-se com um empresário da moda, e teve dois filhos com ele.
Apesar de todo o seu sucesso, Lucília sentia falta de algo, talvez do filho que ela havia tirado há vinte e três anos atrás - ela estava com quarenta anos. Como pude fazer isso?
Certo dia, após uma briga violenta com o seu marido, decidiu se separar dele.
O seu marido foi embora, deixando dinheiro suficiente para que ela pudesse ter uma vida digna.
Agora, sem pai e sem mãe - a casa deles fora queimada, e com eles dentro - Lucília decidiu se dedicar aos filhos, porém, na primeira pirraça que seu filho de quatro anos, o mais novo,fez, ela perdeu a estribeira. Bateu tanto no menino que sangue jorrou da boca dele.
Irada, virou-se para Pedro e disse...
- EU TE MATO, EU TE MATO SE APRONTAR MAIS UMA COMIGO!
O menino fechou a cara, ficou triste, pensativo e, com um novo rosto figurando no rosto dele, virou-se para mãe e disse:
- Outra vez?
Foi aí que o despertador tocou.
Lucília, agora, sabia o que não deveria fazer.
6 comentários:
adorei pauletxi *-* parabéns :D
ah pelo amor de deus paulo
ate arrepiei aki, puts,cara, eu curti aquela parte..
outra vez...mno, tava tudo muitoreal cara,parecia ate o filme "o vidente com o nicolas cage"
tava rea demais ate o despertador tocar.... nuito bom msm
Ta lindo Pulin
amei *---*
muito bom Paulo, até fiquei com medo :D
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